quinta-feira, 19 de setembro de 2013

De volta a ativa! Não fiquem bravos comigo pela demora nas postagens, estava bastante atarefada esses dias mas já estou de volta.

Chegar de tipoia numa sala de aula cheia de estudantes de Fisioterapia é ter a certeza de ter que dar explicações para todo mundo, até quando nem você mesmo tem as explicações. Mas a volta às aulas é sempre bom e qualquer desculpa para sair de casa era suficiente.

Desci do carro e entrei na faculdade com a cara ainda amassada, acordar cedo nunca foi meu forte. Pra variar eu estava atrasada pra aula. Procurei pelo mural onde indicava a localização das salas e subi pro primeiro andar. Entrei na sala, abri um sorriso saudoso para os meus colegas e um dei "tchauzinho" especial para a minha trupe; Thaís, Priscila, Dani e Cris. Assisti a aula de Neuroanatomia torcendo para a aula terminar logo para colocarmos a conversa em dia. Quando finalmente o intervalo entre as aulas chegou, descemos para a cantina. Nas mesinhas de sempre, vi os olhinhos de Thai brilharem ao falar com seu sotaque inconfundível do vestido escolhido para o casamento no meio do próximo ano e pela procura da decoração perfeita, vi Pri com um sorriso de orelha a orelha contando que já tinha escolhido a data para o grande dia. Tia Dani falando da sua mãezinha que estava melhor e a nauseada e mais radiante de todas, Cris, que estava experimentando a realização de um sonho ao esperar o seu primeiro bebê. Contei das viagens, das férias e arranquei risadas das meninas como sempre com as minhas besteiras, mas tive medo de contar o que estava acontecendo.

Ao terminar o lanche fizemos o caminho de volta para a sala. Tantos meses sem ver tanto amigos da faculdade resultava em uma parada a cada dois passos para falar com alguém, um abraço meio sem jeito com um braço só, o receio das pessoas em machucar ao ver a tipoia, e claro, explicar para todas elas o que havia acontecido.

Depois de subir a escada no fim do corredor, antes de entrar na sala chamei as meninas. Contei o que havia se passado nos últimos dois meses, que eu havia sido submetida a uma biópsia e que tinha uma "massa" ainda não identificada no meu braço. A reação não poderia ser outra, olhos arregalados e silêncio. Todo mundo, de imediato, imaginava o que poderia ser. Não consegui terminar de falar, meus olhos encheram de lágrimas e minha voz ficou embargada. Recebi abraços e carinho. "Não vai ser nada amiga, fica tranquila."
Pela primeira vez eu senti medo do que estava por vir, a minha ficha ameaçava cair, mas eu insistia que não ia ser nada, que ia ficar tudo bem. Terminei de assistir a aula e aguardei meu pai me buscar.
Eu ainda não sabia, mas aquele foi o último dia que eu fui à faculdade como estudante de Fisioterapia e eu não imaginava o quanto eu ia sentir saudade daquelas pessoas, das manhãs cheias de risadas, das aulas nos laboratórios, das semanas de provas exaustivas, dos chiliques de Cris desesperada, dos puxões de orelha de Thai, dos exageros de Pri e das teimosias de Tia Dani, além do clima maravilhoso que a nossa sala tem, especialmente nas apresentações de Primeiros Socorros. rs Levei cada um deles comigo e espero que possa ter deixado um pouquinho de mim também.




Turma de fisioterapia.


Beijos, Rebecca.



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